Cultura, Diversidade, Saberes, Inovação e Sustentabilidade se conectam em ações concretas no PRFC

O Paraná Faz Ciência 2024 (PRFC) trouxe em seu tema uma missão desafiadora: integrar sob um mesmo evento Cultura, Diversidade, Saberes, Inovação e Sustentabilidade. Conceitos tão abrangentes e ao mesmo tempo imprescindíveis quando se discute a ciência atualmente. 

Mas por que esses assuntos são tão importantes? Em entrevista, o organizador do evento, Rafael da Silva, explicou que o tema foi escolhido como uma proposta de integração de saberes. Dessa forma, a ideia era promover uma discussão sobre como os diferentes saberes, a cultura, a diversidade e a sustentabilidade podem ajudar a pautar a inovação e o desenvolvimento.

E como isso se manifesta na prática? Reunimos projetos e atividades que deram vida ao tema escolhido para edição de 2024. Confira:

Cultura

A cultura brilharam na 4ª edição do PRFC, ganhando pela primeira vez seu próprio espaço – a Estação Cultura – com uma programação exclusiva. O palco recebeu grupos teatrais, musicais, performances artísticas e oficinas, evidenciando diferentes expressões artísticas advindas de todos os cantos do estado.

Além disso, o Paraná Faz Ciência valorizou a diversidade cultural em várias frentes. Museus e estandes de diversas regiões do estado destacaram a rica herança cultural do Paraná, enquanto a Estação Cultura trouxe quase 30 atrações de instituições paranaenses. A iniciativa mostrou como ciência e cultura podem coexistir e se enriquecer mutuamente, estimulando o pensamento crítico e a imaginação, essenciais para transformar o mundo ao nosso redor.

Sustentabilidade

A sustentabilidade ganhou destaque em debates e palestras durante todo o evento, refletindo a urgência de pensar soluções inovadoras para os desafios ambientais que o planeta enfrenta. A palestra “Mudanças climáticas, sustentabilidade e educação indígena” trouxe uma discussão profunda sobre a preservação ambiental e o papel das comunidades indígenas no manejo sustentável dos recursos naturais. O professor Eliel Benites, com sua vasta experiência em educação indígena, destacou a importância de aprender com os povos originários, que praticam a sustentabilidade de forma ancestral, harmonizando sua relação com a natureza.

Destacamos também a importante fala do pesquisador Francisco de Assis Mendonça, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em sua palestra “O Brasil no contexto das mudanças climáticas”. Nesta, alertou sobre o estado de emergência climática em que o planeta se encontra, mencionando o aumento excessivo das temperaturas.

E qual é o papel do Brasil nessa história? A ciência mostra que somos o quarto país que mais contribuiu para o aquecimento global nos últimos anos. Por conta disso, o professor destacou os desafios que o Brasil e o mundo enfrentam diante dessa nova realidade climática, e a urgência em repensar as políticas públicas e estratégias de mitigação.

Além das discussões teóricas, a sustentabilidade também foi tema de atividades práticas. Oficinas sobre reciclagem, energias renováveis e manejo de resíduos chamaram a atenção dos participantes, incentivando-os a aplicar soluções sustentáveis no seu dia a dia. O evento mostrou que, mais do que um tema de interesse global, a sustentabilidade pode estar nas práticas profissionais e hábitos cotidianos. 

Diversidade

A diversidade foi um dos pilares centrais do Paraná Faz Ciência 2024. Um dos destaques importantes é a presença do estande dos saberes indígenas na Estação Ciência, que trouxe a força das tradições e ensinamentos dos povos originários, apresentando aos visitantes artefatos e obras de arte oriundas de diferentes povos indígenas.

Mas a diversidade esteve também no público, já que o evento foi palco de um verdadeiro encontro de diferentes gerações e conhecimentos. Lá, se encontraram desde os alunos do ensino básico, com olhares curiosos, até pesquisadores veteranos, trazendo suas bagagens e descobertas. O melhor de tudo? Cientistas, artistas, educadores e estudantes de diversas áreas se misturaram, provando que a ciência é muito mais rica quando envolve diferentes perspectivas.

É como viajar por vários mundos em um único lugar. Em um mesmo evento, você pode fazer uma oficina sobre jogos de tabuleiros, uma visita técnica ao laboratório de anatomia humana, assistir à uma palestra sobre sustentabilidade e mudanças climáticas, e encerrar a jornada ao som contagiante de uma banda de forró. Tudo isso demonstra o compromisso do evento com a diversidade em todas as suas formas.

Inovação

A inovação esteve em todos os cantos do Paraná Faz Ciência, como nos projetos sobre energias renováveis, inteligência artificial e novas tecnologias para educação, que mostraram o potencial criativo e transformador do evento. Além disso, palestras sobre as tecnologias do amanhã, como impressão 3D, robótica e bioengenharia, mostraram aos visitantes que no Paraná se faz pesquisa de ponta com temas atuais.

Na Mostra Interativa de Ciências, realizada na Estação Ciência, a inovação para sustentabilidade também foi protagonista. Um dos destaques foi o Veículo Protótipo H2, criado pelo Grupo Cataratas de Eficiência Energética (GCEE) da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste). O projeto oferece uma alternativa inovadora aos combustíveis poluentes, utilizando hidrogênio verde como fonte de energia, mostrando que o futuro dos transportes pode ser muito mais limpo e eficiente.

A mostra contou também com a presença do Manna Team, um ecossistema de ensino, pesquisa, extensão e inovação em Tecnologias Exponenciais, como drones, Internet das Coisas (IoT), robótica, inteligência artificial, entre outras. O time divertiu os visitantes com seus jogos interativos, demonstrações de informática e robótica, e suas soluções inovadoras para problemas cotidianos.

Saberes

No maior evento científico do Paraná, a aprendizagem é a maior atração. O evento mostrou todo o conhecimento produzido nas universidades e instituições de ensino do estado para a comunidade interna e externa da região. Entre os eventos acadêmicos do Eixo 6, foram mais de mil alunos de ensino médio, graduação e pós-graduação apresentando os resultados de suas pesquisas durante os 5 dias de evento.

Docentes, estudantes e pesquisadores ministraram mais de 60 oficinas com temas diversos, que vão desde contabilidade pessoal até o fascinante mundo dos fungos. Além disso, os pesquisadores da UEM abriram as portas de seus laboratórios para centenas de visitas técnicas, proporcionando aos visitantes uma experiência prática e interativa, onde foi possível acompanhar experimentos científicos, descobrir novas tecnologias e equipamentos inovadores e saber mais das pesquisas que acontecem na universidade.

Para os alunos de ensino fundamental e médio que visitaram o evento, não faltaram atrações. Eles puderam conhecer todos os 52 estandes da mostra interativa de ciência, tecnologia e inovação, visitar o Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi) da UEM, e ainda o ônibus interativo da Expedição do Conhecimento, iniciativa da Itaipu Parquetec e Itaipu Binacional, equipado com maquetes, painéis interativos, vídeos animados, microscópio e outros materiais.

Esse contato direto com o saber e a inovação é o que transforma o evento em um catalisador para a formação de novas mentes científicas e a valorização do papel das universidades na sociedade.

O Paraná Faz Ciência cumpre o que promete e mostra para a comunidade que a ciência não é uma entidade estática presente somente nas universidades e liceus. Pelo contrário, a ciência é transformação, movimento e proposta de mudança. Cada oficina, palestra e visita técnica buscou mostrar a pesquisa na prática, para que seja visível o impacto de todo o investimento na área de ciência e cultura, na forma de intervenções e soluções práticas que ajudam a sociedade a caminhar em direção a um futuro mais diverso e sustentável.

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